Alexei estava sentado na cadeira de madeira escura, as mãos cruzadas na frente do rosto, os cotovelos apoiados sobre a mesa do laboratório inferior da mansão. Ele observava Pavel, como um falcão paciente observa um campo em silêncio antes do ataque.
O cientista da família Rurik girava lentamente o frasco de vidro com o líquido avermelhado. Luzes arcanas passavam por dentro do fluido, revelando camadas ocultas, inscrições quase invisíveis, microcorrentes de essência.
— Isso aqui… — Pavel murmurou, sem tirar os olhos do conteúdo. — Não é só chá. É um pacto.
Alexei estalou os dedos.
— Eu sabia que tinha veneno envolvido. Mas você está me dizendo que ela bebeu... Um contrato mágico?
Pavel assentiu com a cabeça, enquanto um de seus assistentes trazia as análises cruzadas do sangue de Susan.
— Veja isso. — Ele deslizou os papéis sobre a mesa. — “Ervas arcanas de origem pré-cristã. Absinto de treze ciclos, raízes de murmurium, poeira de sangue de bezerro primogênito. Todas catalisadas por um