A escuridão do chalé era suave, quebrada apenas pelo brilho âmbar da lareira.
A madeira antiga das paredes exalava o aroma de carvalho queimado e musgo úmido. Lá fora, a floresta vibrava com os cânticos noturnos dos Lycans em celebração, mas ali, dentro dos aposentos nupciais, o tempo parecia dobrado sobre si mesmo.
Dmitry estava sentado na beira da cama, os cotovelos apoiados nas coxas largas, a respiração pesada como se tivesse acabado de sair de uma caçada. O suor colava sua camisa ao peito, e os músculos tremiam. Não de exaustão, mas de algo muito mais primitivo. Algo que fervia por dentro.
Algo que renascia.
O calor subia por sua espinha como um fogo líquido, pulsando em seu sangue. Cada batida do coração parecia um trovão dentro do peito. Ele tentou racionalizar. Controlar. Mas controle era uma ilusão agora.
“Ela está nos refazendo, Dmitry.”
A voz surgiu de dentro. Grave, arrastada, com aquele tom rouco que misturava fome e adoração.
“Você sente? Essa febre… Essa porra dessa co