Dmitry permaneceu em silêncio durante toda a viagem até o VDNH. O carro deslizava pelas ruas de Moscou, mas dentro dele, o ambiente era sufocante.
O ar parecia denso, impregnado por um desejo contido que já beirava a loucura. Seu maxilar estava travado, os dedos marcavam o couro do apoio de braço, e seus olhos... Vagavam sem ver.
Não era a cidade que ele enxergava, era ela. Era Susan.
Cada segundo sem seu cheiro, sem sua pele, sem aquela presença que fazia seu coração bater como se fosse explodir no peito, era um tormento.
“Isso é uma piada de merda.”
A voz do lycan estourou dentro de sua mente, carregada de frustração crua.
“Estamos aqui, ao lado dessa boneca fria e morta, enquanto a única que faz nosso pau pulsar tá chegando, pronta pra ser nossa. Porra, Dmitry!”
“Você acha que eu não sei?”
A resposta de Dmitry foi dura, sufocada por mil vontades que ele se forçava a reprimir.
“Então por que caralhos continua fingindo? Por que tá do lado dela, enquanto nossas mãos coçam pra agarrar