O sol ainda nem havia surgido completamente quando Susan abriu os olhos, os lençóis embolados em suas pernas, o coração batendo mais rápido do que o normal.
O quarto estava mergulhado em penumbra, mas ela sabia que não conseguiria voltar a dormir.
Mais uma vez, o mesmo sonho. Dmitry. A clareira perto do lago. Sua boca. Suas mãos. Seu corpo pressionando o dela com uma urgência primitiva, como se a desejasse mais do que o próprio ar.
A maneira como ele a possuía, com fome e reverência, ainda fazia seus músculos se contraírem em memória.
Ela acordava arfando, a respiração entrecortada, a pele quente... Molhada. Sentia vergonha. E desejo.
Um desejo que não era só dela. Vinha dele também. De algo mais profundo, mais antigo. Algo que se conectava ao seu sangue, à sua alma.
Era o terceiro sonho em menos de uma semana. E o segundo em que ela acordava com lágrimas nos olhos, o corpo inteiro clamando por ele. Como se já fosse dele.
Levantou-se devagar, tentando não fazer barulho. Os dedos tre