O ar vibrava com o cheiro espesso da fumaça e do sangue, e Dmitry, em sua forma completa de Lycan, mantinha-se erguido no centro do Círculo da Lua Quebrada, o peito arfando com o controle bruto da fera que mal conseguia conter, mesmo com a metamorfose consumada.
Os pêlos prateados e espessos cobriam-lhe todo o corpo, as garras negras reluziam à luz das chamas, prontas para dilacerar, e as presas reluziam, gotejando saliva e um desejo primitivo de proteger e destruir.
Os olhos azul-gélidos queimavam com a intensidade do instinto, e ao redor, os outros Lycans — ainda vibrando com a transformação coletiva — mantinham uma distância silenciosa, reverente e tensa.
Mas ela se aproximou… Susan.
O coração da besta e o do homem se fundiram em um só compasso selvagem e possessivo. E a voz do Lycan interior de Dmitry soou como um trovão, enroscada de adoração e fúria.
“Nossa! Toca nela e eu mato. Um por um, todos esses filhos da puta…”
O corpo massivo de Dmitry curvou-se levemente para a frente,