O mundo de Mia havia desmoronado em horas.
Paralisada no jardim, sentia o corpo pesar, a alma rasgar — as promessas de Bryan ecoando como lâminas, e os trigêmeos, magoados, ainda presos entre o amor e a dor.
Mas algo no ar estava diferente…
Um arrepio percorreu sua pele.
E então — o som.
Não foi um uivo qualquer, um aviso distante ou um chamado de caça. Era um rugido. Um som gutural, primitivo, que surgiu das profundezas da floresta e cortou a noite como uma lâmina. Não vinha de um, mas de muitos. Era um coro de fúria e fome, um anúncio de carnificina.
O instinto ancestral de Mia disparou um segundo antes de sua mente consciente processar. O cheiro mudou. O aroma familiar da terra molhada e das flores noturnas foi subitamente varrido por uma rajada de vento carregada de um fedor estranho—musgo podre, suor de animal selvagem e o doce metálico de carne fresca.
Invasão.
A adrenalina explodiu em suas veias, um dilúvio químico que varreu a dor emocional e a substituiu por um terror viscera