A viagem era curta, e mesmo assim ele não contou nada a Lola, apenas disse que tudo seria surpresa e teria que confiar nele. A primeira coisa que fizeram assim que chegaram ao aeroporto era ir direto ao Hotel Le Walt Paris, bem na região central de Paris, tão antigo e até mais que a torre Eiffel.
Da sacada do quarto parecia mais próximo ainda dela que se erguia imponente com o belo jardim crescendo na base dela, só pensava o quanto seria incrível passar a noite ali observando aquela vista. Cheio de vida e pessoas circulando, encantados com aquela estrutura metálica. Parecia que estava bem perto dela, como se pudesse tocá-la. A única coisa queria trocar aquelas roupas mais quentes e pesadas que achou que precisaria em Londres por algo fresco, para o outono que já estava terminando.Mas na cidade parecia mais vivo que nunca o calor.O objetivo dos dois era fugir dos lugares mais frequentados por turistas numa rota fora do comum. Até achar uma cafeteir– Bom dia. – Alguém entrava tirando Ellora do transe e a voz familiar já quebrava a atenção dela sobre os pensamentos. Era Lídia do departamento de marketing também, porém ambas tinham funções diferentes na companhia. – Como foi Londres, princesa? Ela era legal, diferente dos demais gerentes, era a única mais próxima de idade de Ellora e claro que muitos estavam curiosos sobre eles. Devia ter visto o mesmo artigo e outras coisas mais ao longo do fim de semana, ao que parecia só se falava disso. Do sucesso do evento e da presença dela. Mas não soava com desdém. – Incrivelmente ensolarada. Dá para acreditar? – Educadamente, Lola respondia só esperando a próxima sequência de perguntas. – E você estava lindíssima. Elegante, como uma inglesa. Mas com aquele ar somente seu. Quero o link da camisa depois, viu. – Deixou claro a colega. – Vou ter que pedir a Bea, ela que se encarregou. Mas acho que dá para resolver sim. – Ela fa
A galeria ficava a poucas quadras de onde estavam, dava até para ir a pé. Mas nem ia insistir naquela conversa com Shan, apenas seguiu o planejado. O lugar ainda estava vazio e Max fez questão de deixar Ellora entrar primeiro. Como sempre, aquelas quanto mais anônimas e autorais atrai. Notava o silêncio dela observando cada detalhe de uma escultura e como se pudesse tocar ela com olhos, queria se conectar ali. E ficou mais envolta ainda quando tinha a história do artista junto a alguma obra, ela não brincou quando dizia que no fundo daquela mulher livre e independente, tinha uma nerd sedenta por arte e saber mais sobre tudo à sua volta. Uma pessoa qualquer que estivesse de passagem passaria por ali rapidamente, sem dar mais atenção, o lugar era pequeno, quase tão íntimo. Mas aos olhos de Lola, poderia ficar horas ali só falando sobre as esculturas. Ver aquela empolgação o deixava feliz sabendo que estava acertando com ela. – Agradeça o
Quando terminava de vestir o vestido verde claro que havia trago, nem Ellora quase não se reconhecia com aquele cabelo totalmente liso e os olhos bem delineados. Pareciam deixar o rosto ainda mais delicado. E assim que abria a porta duplas para encontrar Max dava de cara com ele vestido um terno preto que parecia até clarear ainda mais os cabelos louros e olhos dele, era perfeição em pessoa. – Levou meu pedido a sério. – No mesmo segundo já tinha deixado as abotoaduras de lado e só olhava dos pés a cabeça, o verde claro do vestido parecia ganhar mais vida na pele dela. Mas o que chamava atenção era o decote profundo entre os seios bem justo ao corpo, ressaltando as curvas naturais que ele beijou tantas vezes. E quando ela dava mais alguns passos em sua direção via a saia movendo e a fenda mostrando parte da perna bronzeada quase no limite do imaginado. – Esse vestido, quase mostra demais e ainda sim. É perfeito. –Com certeza era intenção, agu
E depois da pequena conversa sabia que tinha acordado aquele fogo que ela tinha, queria ver como ia reagir com a mente cheia de possibilidades e sugestões. Assim que a ajudava descer do carro, ia direcionando a entrada do restaurante com os dedos tocando suavemente a parte nua das costas dela. Os dois estavam acompanhados da equipe de segurança que os cercavam e Shan como escudeiro abrindo o caminho. Como era de se esperar o movimento ali de câmeras estava grande e precisavam de ajuda para entrar. – Príncipe Max. Uma pergunta , por favor. – Não tinha muitas câmeras ali como no evento da semana passada. Mas era o suficiente para chamar atenção e dessa vez Max parava dando sinal para Shan deixasse o rapaz baixinho se aproximar. – Está em Paris a serviço da coroa? – Não, apenas uma pequena escapada com a Ellora. – Os olhos dela eram alarmados, quando olhou para ela como se não acreditasse que ia fazer falar com eles e ainda com a mão dele nas cost
Mas perdia aquela batalha quando os dedos passavam pela nuca atrás do cabelo dela em descrição que mal dava para notar o movimento, e então respirou fundo deixando seguir com aquele jogo. E entrava também, entre um prato e outro descia a mão na coxa de Max e movia os dedos devagar, quase tocando completamente a virilha dele bem perto da ereção que ele tentava disfarçar. Lá pela metade da segunda garrafa de vinho, os lábios de Ellora já estavam levemente dormentes pelo torpor da bebida e morrendo de vontade de um beijo dele, ele ainda não tinha feito isso. Prometeu que não faria. Ela só pensava em como faria para acalmar aquela sensação de urgência que crescia no estômago e no peito dela. E ali nem se quisesse poderia o convencer a escapar, o lugar era pequeno demais para o que tinha imaginado. Uma ida ao banheiro deixou claro que chamaria atenção assim que os dois entrassem por uma daquelas portas. – Eu dispenso o último prato, e a sobremesa. E você,
Só a observando, parecia ainda mais tentadora a pele dela agora, toda dourada e com certeza se roçava os dedos nela mesmo que fosse na barriga ia ver arrepiar inteira. Ainda assim não chegava perto, queria ver até onde iria. – Eu disse, não duvide da minha palavra. -- Lola tentava ser paciente, não sabia onde ele iria chegar e o queria com aquela demora toda ainda era um mistério. – Deixe-me ajudar com essa roupa. – Mas mesmo assim, enquanto abria a camisa dele, deixava os dedos tocar a pele, as unhas rasparem e quando tinha mais espaço e o beijando no mesmo caminho, deixava uma trilha de beijos cada vez mais molhados. Assim que se livrava da camisa, seguia para a calça abrindo o cinto devagar e os botões em seguida. Os olhos de Lola eram sempre escuros, mas pareciam brilhar. Como se queimasse por dentro.. – Acho que a regra inicial era, sem beijo na boca. Mas não falamos nada sobre outros lugares. – E como na primeira noite
Quando tudo se acalmava, Lola ainda sentia os dedos de Max passeando por suas costas enquanto estava deitada ao lado dele observando junto a janela do quarto aberta. Era tão silencioso aquele quarto, a escuridão e até às luzes ao fundo, o frescor do início da madrugada. Como se toda aquela agitação inicial sumisse, nunca tivesse existido. Os olhos dele eram calmos, dava para ver no rosto toda paz e as formas que movia os dedos em sua pele era o lembrete de que realmente estavam juntos. Ellora pensava se era o momento certo para falar em tudo que vinha pensando. Parecia que o silêncio fazia sentido outra vez. – No sábado passado. Sua avó me disse uma coisa. Confesso que fiquei pensando muito nisso ao longo dos dias e agora novamente. Com você assim, comigo. Como se ela quisesse ter certeza de nós. – Ainda se mantinha deitada, de bruços próxima a ele, mas notava o olhar que não tirava atenção do que estava fazendo. E mesmo assim escolhia as palavras com cuidado
– Agora eu tenho uma coisa para falar, bem séria. – Hmm tão sério. O que é? – Ela beijava o peito de Max e a resposta agora o olhava nos olhos. – Sabe porque tenho tanta certeza do que quero contigo? – Ela só olhava e fazia um não. Enquanto acariciava a pele, tentava criar um desenho no peito dele ligando as pintinhas que ele tinha. – Porque na noite que te conheci, me apaixonei por você. Não foi depois em Los Angeles ou quando transamos Foi quando vi você sorrindo pela primeira vez, dançando e se divertindo. Depois sentou ao meu lado com esses olhos grandes e escuros. Só conseguia pensar em quanto queria você. E não só por aquela noite. – Naquela noite, a primeira vez que nós vimos. – Ela começou completando a frase dele, o olhava como se estivesse refletindo, lembrando de tudo, mas o sorriso não parecia de quem estava em dúvida. – Falei sobre isso com a minha mãe, no dia seguinte fui para casa dela sem entender o que estava aconte