Aneliese Moore
Agradeço aos céus — ou a qualquer divindade que tenha piedade de mim — quando finalmente chegamos a Mônaco. Foram quase quatro longas horas de viagem no total: uma hora e meia de voo de Paris até Nice, e depois mais uma eternidade — ou duas horas, segundo o relógio — de carro até a tão sonhada costa. Digo “sonhada” apenas por força de expressão, porque sinceramente, a única coisa que eu conseguia desejar naquele momento era um travesseiro e o silêncio.
Aparentemente, o trajeto pareceu ainda mais demorado do que o voo de Seattle para Paris, e tudo por um motivo simples: Alexander Blake decidiu que seria uma excelente ideia fechar a cara e ignorar o mundo inteiro depois que Jade e eu voltamos das compras.
Eu juro, tentei conversar. Fiz o esforço hercúleo de perguntar se estava tudo bem, se ele estava sentindo algo, se o ar de Mônaco tinha por acaso ofendido a sensibilidade dele. E o que eu recebi em troca? Uma bronca. Daquelas secas, gélidas e totalmente desnecessárias, p