● Aneliese Moore ●
Alguns dias depois.
O telefone na minha mesa toca pela terceira — ou talvez quarta — vez em menos de dez minutos.
Eu poderia atender. Poderia.
Mas não sou masoquista a esse ponto.
Porque eu sei exatamente quem está do outro lado da linha, segurando o telefone com aquele sorriso satisfeito e a voz ensaiadamente despreocupada.
Alexander Reed Blake.
O homem que aparentemente decidiu que “ouvir minha voz” é um hobby de tempo integral.
E por mais que eu ache isso… minimamente fofo, há um limite entre romantismo e sabotagem corporativa, e ele está dançando no fio da navalha.
Tenho trabalho a fazer — e, pasmem, não inclui participar da nova obsessão do meu chefe com ligações desnecessárias.
Amanhã viajamos para Monaco para a conversão de arquitetura e designer e logo depois partiremos para Milão, viagem de ultima hora, e eu ainda preciso revisar cronogramas, reservas, contratos, e principalmente garantir que ele não tenha decidido de última hora trocar