— Anda, Margo. Seja menos autêntica só por hoje — provocou, me puxando pelas escadas.
— Só falta postar com legenda combinada — brinquei, revirando os olhos.
— Ótima ideia. Mas sei que seria pedir demais de uma moça nada clichê — piscou.
Chegamos ao portal dourado. O fundo do jardim coberto por uma fina camada de neve criava o cenário perfeito para qualquer filme romântico. Matt pediu a um segurança simpático que tirasse nossa foto, e o homem aceitou prontamente.
CLIQUE.
Sorri. Talvez pela primeira vez em muito tempo sem fingir.
À noite, já de volta à cidade, ele me levou a um parque de diversões iluminado por luzes coloridas e letreiros piscando. Era como entrar num mundo paralelo. Fomos no carrossel, na roda-gigante, jogamos nos estandes de tiro — e, por um instante, voltei a ser criança.
Depois de tantas risadas, paramos para comer. Ele foi até a barraca de hambúrguer, e eu me sentei em uma cadeira de ferro fria, abraçada ao meu casaco. Foi aí que vi.
Três crianças — maltrapilhas,