Por um segundo, vacilei. Quase cedi.
— Acho que já está tarde... — falei, recuando com um sorriso amarelo.
Ele assentiu, respeitoso. Dei um passo para dentro e fechei a porta com o coração acelerado.
Me joguei na cama, os pensamentos confusos. Respirei fundo, tentando lembrar que Matt era meu amigo. E que eu precisava de tempo, não de distração.
Peguei o celular. Dez mensagens novas.
“E aí, já rolou com o Matt?”
“Vocês dois juntos em Toronto??? Que perigooo”
“Fala que já se beijaram, por favor!”
Sorri. Um sorriso pequeno, mas sincero.
Talvez... não demorasse tanto assim.
Acordei mais tarde do que de costume naquela manhã. A cama do hotel era ampla e macia, e o cobertor pesado trazia um conforto que eu já não lembrava mais como era sentir. Ainda assim, quando me levantei, encontrei Matt já pronto — vestia uma camisa cinza de lã grossa, jeans escuro e um casaco de frio bege forrado por dentro. Trazia no rosto aquele sorriso fácil que parecia dizer: "Hoje vai ser um bom dia". E eu queria