Capítulo 148

O jardim dos Spelling parecia cenário de revista: mesas redondas distribuídas milimetricamente sobre o gramado perfeito, toalhas de linho bege caindo até o chão, arranjos de lisianthus e rosas brancas pousados em recipientes espelhados. Entre as copas das árvores, cordões de luzes pendiam como constelações domesticadas. Quatro tendas de lona clarinha criavam sombras generosas — a salvação para quem encarava o sol do fim de tarde, agora mais impiedoso com a chegada do verão nova-iorquino.

Do portão da lateral vinham e iam garçons com bandejas de flute, mini tartes e canapés delicados demais para o meu apetite real. Ao fundo, um quarteto de cordas tocava versões leves de standards de jazz — “Cheek to Cheek”, “The Way You Look Tonight” — e, por alguns segundos, o som abafava o zumbido das conversas da elite que meus sogros insistiram em convidar. Eu teria feito algo pequeno, só família e amigos. Mas os Spelling gostavam de eventos “com presença”, como minha sogra dizia. E “presença” sign
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