O trânsito rende, mas a igreja se impõe quando dobramos a esquina: fachada neogótica iluminada com luzes quentes, um tapete rubro na entrada, jornalistas pingados. O Sr. Drumond é rico, não é celebridade; a noiva, famosa nos corredores, não enche capa de revista. Ótimo.
Devolvemos a chave ao manobrista. Eu pego o Liam; o Matt, a Becah; a bolsa bordô no meu ombro, a bolsa dos bebês com ele. Ainda não trocamos palavra desde o carro. A acusação surda pesa.
— Você tá bem? — o Matt coloca a mão nas minhas costas.
— Um pouco tensa — sorrio sem dentes. — Não amo a ideia de expor os dois.
— Eu tô aqui — ele assegura, guiando-nos pelos degraus.
— Sr. e Sra. Spelling! — a mesma repórter do casamento do Misa brota. — Que lindos, os bebês! São…
Eu passo reto. Fotos aqui, sorrisos ali. Os gêmeos encaram a multiplicação de rostos e flashes com uma calma que me espanta. Seguimos até os bancos — vime, como alguém achou que combinava com o neogótico — e sentamos no meio. A decoração é bordô e dourado;