— Se ela é tão experiente, por que ainda me procura?
— Não sei — responde com aquela maldita indiferença, se aproximando como se nada estivesse fora do lugar. Como se não tivesse me quebrado.
Ele tenta me beijar. Viro o rosto.
Não dessa vez.
— Tá se fazendo de difícil?
— Não diria difícil. Estou só negando o que sua namorada já sabe fazer. Já que ela está ficando experiente, né?
Ele fecha o semblante.
— Cala a boca.
— Não sou obrigada — rebato, provocando de propósito, alimentando a raiva que me mantém de pé.
Mas ele se aproxima, e eu cedo.
Como sempre.
Maldito vício.
Nossos lábios colam. E por um segundo… tudo desaparece.
Mas não. Eu me afasto. Tento lembrar da dor. Tento ser forte.
— Assina logo os papéis. Tenho que trabalhar.
Ele me olha como se fosse o homem mais irresistível do mundo.
E, pra mim… ele era.
— Tá rejeitando o meu corpo?
— Tenho que ser mais eficiente — mordo a própria língua de tanta ironia.
Ele tira o terno. Abre a camisa.
O abdômen dele me chama. Meu autocontrole