Aylla acordou suando, com a sensação sufocante de que algo terrível estava para acontecer. Seu coração disparado parecia querer sair pela boca. Ainda não conseguia se acostumar àquele lugar, aquela vida que não era a sua. Sentia falta da filha, do cheiro doce do cabelo da sua bebê, das mãozinhas gordinhas de Ivi acariciando seu rosto. Só de lembrar, uma lágrima quente escorreu por sua face. Queria ser mais forte, mas até a pessoa mais forte desmorona às vezes, e ultimamente, era exatamente assim que se sentia: frágil, vulnerável.

Não sabia explicar, mas um pressentimento ruim a atormentava, como se estivesse à beira de algo devastador. Seu pai prometera ajudá-la, mas às vezes Aylla se culpava por ter buscado por ele. Podia ser seu pai, mas as histórias que ouvira do longo da vida dele não deixavam dúvidas: ele era cruel, capaz de qualquer coisa para manter o império de medo que construíra. Por mais que Petrus sorrisse, Aylla sentia que dentro dele havia uma escuridão sem precedentes,