Claire
Claire
Charlotte me consolou. Dormimos juntas em sua cama depois de chorar por horas até a cabeça começar a doer. Na manhã seguinte, ela acordou antes de mim. ao sair do quarto, o cheiro de café e torradas entranhou meu nariz. Na pequena cozinha, a encontrei na beirada da pia. Quando se virou para mim, sorriu, pedindo-me para me sentar à pequena mesa com duas cadeiras junto a parede.
— Ainda com dor de cabeça?
Neguei com um aceno.
Ela colocou uma caneca fumegante à minha frente e sentou-se.
— Espero que cafeína não faça mal ao bebê.
Encarei as bolhinhas na superfície da bebida, e suspirei fundo, cansada.
— Eu não posso contar para ele, Charlie. Não posso.
— Você não vai conseguir esconder por muito tempo.
— Eu não sei o que fazer. Eu devo ter esse bebê? Devo fugir?
Ela me encarou sem respostas.
Na sala, meu celular começou a tocar. Caminhei até ele e logo que o apanhei o aparelho, em sua tela o nome de Jean-Luc brilhou. Eu havia apenas mandado uma mensagem para ele na noite ant