A porta do apartamento se fechou com um clique suave atrás dele.
John Asher afrouxou lentamente a gravata do terno, caminhando para a penumbra da luxuosa sala de estar.
Cada movimento era preciso, medido, quase ritual.
Deixou a gravata cair sobre uma cadeira, desabotoou os primeiros botões da camisa e serviu-se de um uísque em um copo baixo, como se estivesse se desfazendo da máscara que havia usado o dia inteiro.
Das sombras, uma figura emergiu.
Era um homem jovem, vestido de preto, rosto inexpressivo, quase camuflado na escuridão.
Inclinou-se ligeiramente, com respeito.
—Como foi, chefe?
John sorriu, mas não era o sorriso caloroso que mostrara durante a recepção.
Era uma curva fria, carregada de estratégia.
—Melhor do que eu esperava —respondeu, levando o copo aos lábios—. Albert abriu a porta... e Kate foi tudo o que prometiam.
O assistente, ainda inclinado, esperou em silêncio.
—O entorno de Bastien é leal —continuou John, pensativo—. Leal demais. Não poderei agir rápido. Teremos