Na sala de espera, Graziela se aproximou com o semblante cansado.
— Já comuniquei a família de Clara — disse com a voz firme, tentando manter a calma. — Também providenciei a passagem de Calebe. Achei que seria bom ele vir ver a irmã. A mãe dela optou por não contar ao senhor Wilson… a saúde dele anda muito frágil.
Apenas assenti. Não havia palavras. O silêncio daquela sala me consumia, junto com o som distante dos monitores ecoando pelos corredores.
Depois de alguns minutos, uma enfermeira apareceu.
— Senhor Bianchi, por gentileza, me acompanhe — disse, em tom profissional.
Senti o sangue gelar.
— Está tudo bem? — perguntei, com a voz trêmula.
— Não se preocupe, senhor. O doutor Andrew apenas pediu que o senhor o acompanhasse. Ele quer lhe mostrar algo.
Caminhei ao lado dela de volta ao quarto 212, onde Clara permanecia imóvel, cercada por fios e aparelhos que sustentavam o ritmo que eu tanto temia perder.
Andrew estava iniciando um ultrassom. Pediu que alguns médicos e enfermeiros s