Enquanto Giovanni e Luciano cuidavam da maquiagem e do cabelo de Clara, fui para o banho.
Deixei a água quente escorrer lentamente sobre meu corpo, sentindo o cansaço dos últimos dias dissolver-se em meio ao vapor. A inauguração da nova loja seria um marco — não apenas para a Maison Bianchi, mas para mim. Aos vinte e nove anos, cada conquista tinha o sabor de algo conquistado com suor e visão.
Quando saí do banho, o espelho embaçado refletia apenas o contorno do meu rosto. Passei a toalha, respirei fundo e segui até o closet. Me arrumaria ali mesmo, já que o quarto estava tomado pelo som das escovas e pincéis transformando Clara.
Entre as peças separadas pela minha equipe, escolhi o terno que traduzia exatamente o que eu queria transmitir naquela noite: poder, elegância e sutileza.
Vesti um terno feito sob medida pela Ermenegildo Zegna, em tom azul petróleo acetinado, com corte moderno e caimento perfeito.
A camisa, de algodão egípcio branco, tinha a gola firme e os punhos ajustados p