O dia foi tomando seu rumo.
Meus pais aproveitaram a manhã passeando pelas ruas de Paris, enquanto eu e Clara permanecemos no quarto para que ela pudesse descansar — eu queria que estivesse bem à noite, para me acompanhar ao desfile.
Ela estava deitada na cama, assistindo a uma série na TV, e eu, ao seu lado, com o notebook apoiado nas pernas, acompanhava as notícias do evento — que já era um sucesso absoluto.
As manchetes se multiplicavam pelas páginas e portais:
“O magnata Lorenzo Bianchi surge no desfile acompanhado de sua noiva. Quem será ela?”
Clara olhou de relance para a tela e soltou um leve sorriso.
— Isso tudo é tão estranho pra mim… — murmurou, voltando os olhos para a televisão.
Logo o almoço chegou ao quarto. Sentamos à mesa e, enquanto comíamos, o telefone de Clara começou a tocar. Era sua mãe.
Vi a expressão dela mudar por um instante — um sobressalto — talvez com medo de ser algo com o pai. Mas logo percebi que não era nada grave.
— Mãe, tá tudo bem? — ela perguntou, a