Assim que o dia amanheceu, enviei uma mensagem para Clara. Queria saber como ela havia passado a noite e se já tinha tomado os remédios para o enjoo.
Ela respondeu rápido, dizendo que estava bem e que seguiria para a loja.
Tentei convencê-la a descansar, mas Clara era determinada — teimosa, até. Garantiu que não atenderia clientes, ficaria apenas com Matteo resolvendo questões administrativas e que não cairia mais nas conversas de Beatriz.
Mesmo contrariado, acabei concordando.
Tomei um banho, vesti o terno e fui direto para o escritório. Às nove da manhã já estava em reunião, daquelas longas e cansativas, que só terminaram perto das onze.
Assim que saí, Alerrandro me atualizou: o dono do escritório de publicidade onde Beatriz trabalhava já providenciava os papéis de demissão.
Assenti em silêncio, mas o prazer era evidente.
Não senti remorso algum.
Beatriz merecia o que estava acontecendo.
Entre nós, nunca existiu nada além de uma amizade conveniente, uma distração. Ela foi longe dema