CAPÍTULO 41

O restaurante era um daqueles lugares em que o luxo se disfarçava em elegância silenciosa. As luzes baixas refletiam no mármore das mesas, e o som discreto de um piano preenchia o ar com notas suaves. Do lado de fora, a vista de Milão cintilava pelas amplas janelas, e o perfume do azeite fresco se misturava ao aroma de vinho e especiarias.

O garçom aproximou-se com discrição e colocou à minha frente uma taça de vinho tinto envelhecido, do tipo que parecia contar histórias em cada gole. Pedi a ele que trouxesse uma bebida sem gás para Clara — ela sempre preferiu a delicadeza dos sabores simples.

Enquanto jantávamos, meus olhos não conseguiam se afastar dela. Clara tinha uma graça natural, uma doçura que não se comprava. Sua postura, o modo como levava o garfo à boca, como sorria levemente antes de falar… ela parecia ter nascido na alta sociedade, mesmo sem jamais ter pertencido a ela.

Meu prato era um risotto alla milanese, dourado pelo açafrão e finalizado com lascas de queijo parmesã
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