Enquanto o carro deslizava pelas ruas elegantes de Milão, peguei o celular e enviei uma mensagem para uma das joalherias mais exclusivas da cidade — Buccellati, uma casa tradicional italiana conhecida pela arte minuciosa de esculpir ouro como se fosse renda. Descrevi com precisão o que queria: um anel de ouro branco, delicadamente cravejado com pequenos diamantes ao redor, e no centro, um raro diamante rosa, lapidado em forma de coração. Pedi que fosse discreto e ao mesmo tempo singular — uma joia que não gritasse luxo, mas o sussurrasse em cada brilho. Avisei que passaria ao fim do dia para buscá-lo pessoalmente.

Quando chegamos ao local onde seria minha nova loja, o movimento era intenso. Operários, arquitetos e decoradores se moviam em perfeita sincronia. O prédio, um antigo palazzo reformado, exibia sua fachada de pedra clara e janelas amplas com molduras ornamentadas. Dentro, o ambiente já tomava forma — paredes em tons de areia, mármore branco no piso, luminárias suspensas em vi