O dia seguinte foi tomado pelos preparativos da exposição na Maison. A loja de Milão continuava um sucesso absoluto. Já fazia algum tempo que não íamos até lá, mas Alerrandro se fazia presente sempre que necessário. Desde o acidente e com a gravidez avançando, viajar era cansativo demais para Clara — e deixá-la sozinha estava completamente fora de cogitação.
Eu conduzia reuniões com o gerente sempre online, atento a cada detalhe. Na França tudo fluía com naturalidade, e na Inglaterra contávamos com uma equipe impecável, o que me trazia paz sempre que analisava os relatórios.
Foi um dia cheio, daqueles que exigiam energia e presença. Quando cheguei à cobertura já era tarde; Clara descansava serenamente, e eu não quis despertá-la. Fui até a varanda com uma dose de uísque e um charuto, buscando organizar os pensamentos.
Para alguns aquilo era correria. Para mim, era vida. Era o que me mantinha pulsando.
Depois de um gole, outro… o cansaço foi vencendo o corpo sem que eu percebesse. Adorm