Eu estava sozinha na varanda, sentada na espreguiçadeira, sentindo o vento leve bater contra meu rosto. A barriga ainda nem aparecia, mas dentro de mim o peso da maternidade já crescia. Não só pelo bebê que Matteo e eu esperávamos… mas por tudo que vinha junto disso.
Isabella entrou na varanda com passos firmes demais para seus cinco anos. Segurava um dos brinquedos preferidos e me olhava de longe.
— Quer vir aqui, Isa? — chamei com um sorriso suave, tentando manter a proximidade que sempre busquei com ela.
Ela hesitou. Depois veio, mas com o rostinho sério, franzido.
— Por que tem outro bebê? — ela perguntou, num tom quase agressivo para uma criança. — Eu já sou filha do meu pai.
— E sempre vai ser, Isabella… — tentei alcançá-la com a mão, mas ela se afastou. — Esse bebê não muda nada do que seu pai sente por você.
— Muda sim! — ela gritou, e antes que eu pudesse reagir, empurrou minha perna com força. Quase me desequilibrei na cadeira.
Fiquei em choque. Não pela força, ela er