A notícia ficou ecoando na minha cabeça o resto da noite.
Marina voltou.
Duas palavras. O suficiente pra fazer tudo dentro de mim se revirar.
Quando entrei de volta na cobertura, a cena diante de mim era tão serena que por um instante duvidei do que tinha acabado de ouvir. Serena estava na cozinha, preparando o jantar, o cabelo preso em um coque frouxo, enquanto Clara, ainda com o pijama de unicórnio, desenhava na bancada.
— Papai! — ela gritou assim que me viu. — Olha o desenho que fiz da gente no parque!
Sorri, forçando naturalidade, e me abaixei ao lado dela.
— Está lindo, meu amor. — Beijei sua testa, sentindo o coração apertar.
— Vai jantar com a gente? — perguntou Serena, virando-se com aquele sorriso que, ultimamente, vinha me tirando o chão.
— Eu… não vou poder. — Endireitei o corpo, tentando esconder o peso da voz. — Preciso resolver uma coisa na empresa, mas volto antes de você colocá-la pra dormir.
Ela pareceu hesitar por um momento, mas apenas assentiu.
— Tudo bem. A gente