O cheiro da madeira nova ainda estava no ar, misturado ao frescor do vento que vinha do lago. Eu caminhava pela sala, com Serena nos braços, tentando absorver cada detalhe da nossa nova casa. Ainda estava meio atordoada, como se tudo fosse um sonho do qual eu tivesse medo de acordar. Noah me observava com aquele sorriso que sempre me desmontava, encostado na porta de vidro que dava para a varanda.
— Não acredito que você conseguiu guardar isso de mim — falei, balançando a cabeça. — Uma casa inteira, Noah. Nossa casa.
Ele riu, vindo até mim para beijar a testa de Serena e depois a minha boca.
— Valia a pena esperar para ver o brilho nos seus olhos agora.
Eu ia responder quando ouvimos uma buzina lá fora. Olhei para Noah confusa, mas ele sorriu, como se já soubesse.
— Acho que nossos primeiros visitantes chegaram.
Minutos depois, a porta se abriu e a voz de Isa ecoou pelo ambiente.
— Tem gente em casa?
Corri até a entrada e encontrei meu pai e Isa entrando, os dois com sorrisos imensos.