O saguão do aeroporto estava cheio, aquele burburinho constante de malas deslizando no chão, vozes em diferentes idiomas e o cheiro de café vindo das lanchonetes. Apoiei o peso de Serena melhor no colo — ela cochilava tranquila, a cabeça encostada no meu ombro — enquanto buscava com os olhos a porta de desembarque. Isa estava ao meu lado, ajeitando o cabelo com um sorriso ansioso no rosto, e eu sabia que o coração dela estava batendo tão acelerado quanto o meu.
Quando finalmente vi aquela pequena figura correndo em nossa direção, meu peito quase explodiu.
— Maninha! — gritei, acenando.
Ela largou a mão da mãe de Isa e disparou até mim, com a mochila pendurada nas costas e os olhos brilhando de alegria. Abaixei-me o quanto pude, ainda segurando Serena, e abri os braços. Ela se jogou em mim com tanta força que quase perdi o equilíbrio, mas não me importei.
— Eu senti tanta saudade! — ela disse, apertando meu pescoço.
Meu coração se derreteu.
— Eu também, minha pequena. — Dei um beijo es