Subimos os degraus do prédio antigo, e cada passo parecia mais alto do que o normal. Meu coração batia forte, acelerado, como se estivesse correndo. Giulia parou em frente à porta do apartamento, buscou as chaves na bolsa e me lançou um olhar rápido, quase tímido.
— Eles estão em casa? — perguntei, percebendo a luz por baixo da porta.
— Sim… Isa ficou com a Serena depois do parque. Meu pai saiu para resolver umas coisas, mas deve voltar mais tarde.
Ela abriu a porta, e o cheirinho familiar de casa tomou meus sentidos. Um aroma leve de talco, misturado com algo doce e fresco. Era simples, acolhedor. O piso de madeira rangia sob os pés, e a luz do fim de tarde entrava pela varanda, iluminando o ambiente com um brilho dourado.
No centro da sala, estava ela.
Serena, sentadinha no cercadinho colorido, mexendo em um brinquedo de pano, com aquelas mãozinhas gordinhas e bochechas irresistíveis. Assim que me viu, os olhinhos castanhos brilharam, e um sorriso curioso se abriu no rosto dela.
Eu