Denner Menegaço…
Tenho as chaves do apartamento da minha mãe, o problema é que nunca as trago comigo. Não sei o que ela estava fazendo, porque demorava uma eternidade para abrir a porta. Finalmente, depois de quase dez minutos, ela aparece. Na verdade… primeiro vi o copo de gin que carregava.
— Reizinho, é sexta-feira à noite! O que faz aqui? — Enquanto me interroga, Dona Glória fica na ponta dos pés e me dá um estalinho na boca.
— Vim ver a senhora, claro. Se sair da minha frente feito uma parede e me deixar entrar.
— Claro, rei, passe. — Ela abre espaço e eu entro no apartamento. — Na verdade, com essa cara, quer colinho de mãe e conversar.
— Talvez. — respondo. Minha mãe sempre soube me ler bem demais. E eu queria conversar, sim. Descobri que só sei lidar com mulheres com a carteira e com a piroca. Seduzir com a boa pinta, com o status… e depois foder com força até ficarem com as pernas bambas e dormentes.
— Esse “talvez” se chama Danielle? — Ela foi mais direta que um tiro.