Ingrid de Danielle
Assim que o vi sair do prédio, fui caminhando até ele fingindo distração. Mexi na bolsa como se procurasse algo, tentando parecer o mais casual possível. Fiz cara de surpresa quando Denner pronunciou meu nome.
Tive que perguntar se ele estava me seguindo, e creio que meu questionamento deixou o Si Ou sem graça. O homem demorava para explicar o que estava fazendo ali. Apesar de eu já imaginar, precisava continuar no papel da coincidência.
Denner ficou totalmente aéreo, parecia sonhar acordado. Só voltou a si quando estalei os dedos várias vezes diante do seu rosto.
— Denner, está dormindo? Sonhando acordado?
Ele soltou o ar com força, quase rindo do próprio estado.
— Não é que eu estava mesmo? — respondeu cínico.
— Você ainda não me disse o que está fazendo aqui.
— Vim te propor trabalho. Você sumiu sem deixar rastro. Fugindo de mim como se eu tivesse uma doença contagiosa.
“Você não tem… você é a própria doença. E o pior: eu já fui contaminada.”
— Eu já t