Ingrid Danielle
Eu sabia que Eva iria surtar se o salto do sapato dela fosse danificado naquele chao de pedrinhas que decorava as calçadas de Oltrano. Precisava encontrar um local seguro para chamar um táxi ou um motorista de aplicativo.
Enquanto caminhava pela rua deserta e silenciosa, ouvi passos atrás de mim.
— Danielle, espera! — A voz arrogante de Denner Menegasso ecoou na rua vazia. — Vou te levar até seu apartamento.
Continuei andando, sem me virar.
— Não precisa.
— Foda-se se está com raivinha! Não quero ver sua cara estampada em algum jornal de quinta e depois a manchete dizendo que o último a está com você, fui eu — disse ele, aproximando-se. — É perigoso andar por aqui sozinha.
— Perigoso é andar com você — retruquei.
Denner soltou uma risada insolente.
— O único perigo que corre comigo é de gemer como uma cadela no cio, comigo dentro de você.
— Sai daqui, seu nojento! —
— Entra no seu carro e me deixa em paz.
— Mas só vale a pena se você quiser. Não sou do tipo