Ingrid Danielle
Como aquele povo era prepotente, olhando para mim como se eu fosse um ET. Sem drama, mas uma mulher com descendência latina falando em mandarim não era algo que se via a todo momento por ali.
A questão era: eu seguia tudo o que os professores me falavam na faculdade. Lembrava-me do Dalton, de Economia, que dizia: "Falar inglês é démodé, mas necessário. O idioma empresarial do momento é o mandarim; o mundo inteiro está fazendo negócios com os chineses." E eu rapidamente fui tratar de incluir o idioma no currículo.
Sempre tive facilidade com idiomas.
— Modelou na China? — Denner sussurrou, enquanto os bisbilhoteiros tentavam ouvir o que falávamos.
— Está me perguntando se trabalhei com chineses?
— Sim, estou.
— Trabalhei, sim. — Em parte, não mentia; trabalhei na pastelaria Akira do senhor Hum. Não tinha nada a ver com o fato de eu saber mandarim, mas que ele deduzisse o que quisesse.
— Deveria ter me falado que entendia o que estava escrito no cardápio mais do q