Ingrid de Danielle…
Sabe quando vem uma vertigem e tudo começa a girar ao seu redor? Era exatamente assim que eu me sentia. Ninguém mente daquele jeito sem um motivo, e para quê? Aquilo já não era novidade em jogo de conquista. Podem me chamar de iludida, mas, para mim, Denner falava sério.
Eu não sabia se deveria dizer o que ele provocava dentro de mim. Ainda assim, era impossível fingir que não estava ouvindo tudo o que o homem à minha frente despejava, sem pudor, na minha cara.
Antes que eu me derretesse por completo e Denner fizesse de mim o que quisesse, calei meus pensamentos, impedindo que minha boca entregasse todo o sentimento terno e fervoroso que eu nutria por ele.
Beijei-o. Aquela era a melhor e mais deliciosa maneira de me calar, sentindo o gosto de menta da língua de Denner invadir a minha.
— Que merda! — ele exclamou. — Aqui, na garagem do hotel, não tem ponto cego.
— Uma pena mesmo — concordei. — A gente subiria bem levinhos para enfrentar aqueles diabos lá em ci