Denner Menegaço…
— Você vai agir como se nada tivesse acontecido?
Ingrid ainda não tinha cama. Estávamos deitados sobre edredons no seu apartamento. Ela mantinha a cabeça apoiada no meu braço enquanto conversávamos sobre o futuro do hotel, em Florença.
— Sim. Não recebi nenhuma intimação judicial. Continuo sendo o gestor executivo.
Ela aninhou mais o corpo nu ao meu.
— Não estou questionando. Acho até admirável você não se acovardar. — Respirou fundo e mudou de assunto. — Acho melhor você ir para casa.
— Está me expulsando?
— Não. Mas não acho certo meu filho ficar com a sua mãe. Tenho que fazer o café dele amanhã. Eu trabalho, e os poucos momentos que posso ter com o Valentim, preciso aproveitar. Passamos o sábado inteiro juntos. Amanhã devo ficar com meu filho.
Era bonito ver aquela preocupação com o tempo dedicado ao Valentim. Talvez por isso eu admirasse tanto essa mulher. Não sei o que é ser pai, mas acredito que a criação faz toda a diferença quando há presença.
— E qua