112 O CEO Pervertido

Denner Menegaço

Não sei o que me deu. Falei uma grande merda — claro que falei. Mas quem se importa? Porque eu não. Aquela era a mais pura realidade. Ainda tinha o fator pileque da Ingrid, qualquer coisa que eu tivesse dito. Talvez amanhã, quando acordar ela sóbria, pense que o que falei não passou de delírio alcoólico de sua parte.

O melhor é que adorei a expressão que ela fez para mim, deixando aqueles babacas que estavam tentando algo, chupando dedo, todos com cara de otário. Ingrid me desperta sentimentos que só confirmam aquilo que sempre desconfiei: nunca foi só a xota dela que eu quis; sempre foi tudo.

Peguei-a pela mão e fui andando entre a multidão até onde estava minha mãe. Era hora de ao menos admitir para mim mesmo que eu gostava dela de um jeito diferente. Um sentimento forte que me preenchia por completo — cheio de putaria, claro —, mas também havia algo que jamais senti por qualquer outra mulher.

Sempre achei ridículo homens se gladiando. Contudo, quando minha mãe me co
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