Ingrid de Danielle
Nem sei em qual momento cochilei, mas sei que foi por pouco tempo. Acordei de madrugada e fui para a sala. Pensava na minha mãe e em como ela deveria estar sofrendo com tudo isso. Dona Irani sempre foi minha parceira, minha melhor amiga. O único problema dela era ser passiva demais. Foi assim com meu pai. É assim com a Eva.
Quando a claridade começou a entrar pela sala, Glória levantou.
— Madrugou, querida?
— Sim. Estranhei o colchão… é perfeito demais pra mim — brinquei. — O meu tem o formato do meu corpo e do Valentim.
Glória riu.
— Vou passar o café pra você tomar antes do trabalho.
— Não vou ao Hotel Stilo Menegasso agora de manhã. Quero procurar um lugar pra mim e pro Valentim.
— Não precisa ser correndo. Tenho prazer em receber vocês. Agora… se o Denner lhe deu permissão hoje, então vá.
— Não trabalho para o Denner. Trabalho para a empresa de suprimentos que tem contrato com o Hotel Stilo Menegasso. Logo, não preciso pedir permissão a ele.
Glória soltou uma g