O Juramento do Don Dante Romano sempre foi homem de decisões rápidas, um traço característico que moldou sua trajetória de vida repleta de desafios e vitórias. Os corredores da vida mafiosa eram implacáveis, e em cada situação era preciso uma escolha firme e decidida. Contudo, pela primeira vez em muito tempo, a decisão que tomava não nascia da sede de poder, como tantas vezes antes, mas da culpa que o consumia, uma sombra silenciosa que o seguia. Ao deixar a maternidade naquela noite chuvosa, o rosto de Aimée ainda impresso em sua memória, ele sentiu que não bastava simplesmente apagar o perigo que se aproximava — era preciso reconstruir a segurança que ele, indiretamente, ajudara a pôr em risco. As lembranças do passado pesavam em seus ombros, uma responsabilidade que parecia cada vez mais inescapável.
No escritório, a meia-luz filtrava a tristeza do luar, e o relógio grande sobre a lareira marcava o compasso lento de uma madrugada insone. Cada segundo se arrastava como s