A madrugada estava úmida, coberta por um nevoeiro espesso que fazia os postes da orla parecerem vultos silenciosos.
O porto de San Esteban nunca dormia — navios chegavam, cargueiros partiam, e nos becos estreitos, negócios ilegais continuavam respirando, mesmo quando a cidade dormia.
Mas naquela noite, algo diferente pairava no ar.A caça havia começado.O capo Marco Santini desceu do carro preto com mais quatro homens.
Cada um deles, vestido com casaco escuro, portava o símbolo da Casa Romano: uma serpente prateada enrolada em torno de um punhal.
— O Don quer as duas vivas. — disse Marco, com voz grave. — Ninguém atira a menos que eu mande.Os homens assentiram, seus rostos endurecendo enquanto o vento trazia o cheiro forte do mar, misturado ao eco metálico dos contêineres balançando no cais.
Ouvia-se a vida pulsando no porto mesmo na escuridão, lembrando a todos que a transgressão e a traição eram as únicas constantes ness