Ryan entrou em seu escritório, ainda com o peso da manhã estampado no rosto. Fingira naturalidade diante da Aimée, mas no fundo, a presença inesperada de Lucy o deixara inquieto.
Sentou-se em sua poltrona de couro, puxou um copo d’água e respirou fundo.
Na mesa, uma pequena luz piscava. Era o painel que conectava as câmeras de segurança internas da empresa. Ele não costumava usá-las — detestava a sensação de vigilância — mas desde que Aimée entrara em sua vida, havia passado a recorrer a cada detalhe. Não por desconfiança, mas por um ímpeto de protegê-la.
Curioso, ele reviu as gravações da sala externa à sua. Lá estava Aimée, diante de Lucy, firme, altiva, irônica até.
O sorriso dele surgiu involuntário.
Meu Deus… como eu pude achar que essa mulher era só uma funcionária comum? Como eu pude confundir essa Fiona atrevida com uma figura qualquer?
Aimée não se intimidava. Ela encarava Lucy de igual para igual, com frases afiadas, com a c