Enquanto os últimos copos de suco eram recolhidos pela governanta, Paul se aproximou de Elise com aquele sorriso leve, mas sempre gentil.
— Eu te levo pra casa, Elise. Já está tarde e você sabe que não gosto de deixar você ir de carona com estranhos.Ela riu, baixando o olhar, como sempre fazia quando ele era protetor demais.— Paul, você fala como se eu não fosse capaz de pegar um Uber.— Não é questão de capacidade. É cuidado. E, sinceramente, eu prefiro saber que você chegou bem.O coração de Elise acelerou. Ele a tratava como amiga, como alguém que precisava ser protegida. Mas, nos últimos tempos, depois de tantas sessões de terapia, ela estava aprendendo a enxergar Paul de uma forma diferente. Não como o amigo da família, nem como o homem que sempre a tratava como uma irmã mais nova, mas como um homem… Um homem que, por mais que rodeado de mulheres, nenhuma delas parecia ser a certa.Aliás, a última namorada dele... Elise su