Ashley ainda enxugava discretamente os olhos quando Samuel lançou um olhar maroto para Mihael. Os dois trocaram um sorriso cúmplice e se voltaram para a irmã mais velha, que já sentia aquele calor inexplicável no peito sempre que os dois se conectavam com o invisível.
— Ei, Ashley… — disse Samuel com ares de quem vai contar um segredo — sua mãe é muito bonita, viu?
— O quê? Como assim? — ela perguntou, franzindo o cenho, surpresa.
— Ela está aqui do seu lado — respondeu Mihael, olhando para o espaço vazio ao lado da cama — sorrindo pra gente. Ela e o Gabriel.
Ashley mordeu os lábios, emocionada. Virou-se instintivamente para o lado indicado, e uma brisa suave pareceu roçar sua pele, como um carinho sem corpo.
— A gente chama ela de Jenny, sabe? — continuou Samuel, com naturalidade. — Mas ela disse que o nome verdadeiro é Jennifer. Só que os amigos a chamavam de Jenny… então, como a gente é amigo dela, a gente pode chamar de Jenn