O Amante.

O Amante.PT

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Última atualização: 2025-08-15
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Anashia acreditava que ser a outra seria uma vantagem para deixar para trás as inseguranças do seu passado, mas ainda não tinha certeza se queria ser o segundo prato. Ser amante é como ser um diamante escondido, difícil de exibir.

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Capítulo 1

Capítulo 1

Anashia 

A lua estava sempre presente em cada momento que eu compartilhava com Alexei. Desde que éramos jovens, começamos essa loucura de fingir ser namorados e, com o tempo, nos apaixonamos perdidamente. Nunca esquecerei os momentos que passamos juntos desde a nossa juventude até a adolescência. Agora, com dezoito anos, nos amávamos loucamente, sem limites e sem que ninguém nos impedisse de nos amar. 

Mas. 

A vida dele era um labirinto de complexidades que o impediam de refletir sobre as consequências dos nossos atos. Eu temia que os pais dele nos separassem, assim como os meus. Nós vínhamos de diferentes classes sociais: ele tinha tudo, enquanto eu mal ganhava um salário modesto para ajudar meus pais. 

Suspirando, tentei afastar esses pensamentos da minha mente ansiosa. Não queria estragar o momento com minhas preocupações. 

— Anashia — ele sussurrou meu nome enquanto se levantava da cama. Seu corpo perfeito e seus olhos azuis me observavam com amor, mas também com tristeza. — Precisamos conversar — acrescentou, abaixando a cabeça. Levantei-me da cama, procurando minha roupa íntima antes de me aproximar dele. 

— O que foi? — perguntei, afastando-me um pouco. Vi-o acenar com a cabeça, hesitante. — Diz-me — insisti. 

—Meus pais decidiram me levar para morar em Los Angeles. Minha mãe está doente e... 

Antes que ele pudesse terminar, eu explodi em um grito de raiva. 

— Não! — Meus olhos se encheram de lágrimas. Parecia uma piada cruel o que ele estava me dizendo. — Você não pode ir. Você não deve. 

—Eu preciso ir, entenda — respondeu ele com pesar. 

—Você está dizendo isso sem pensar em mim — reprovei. 

Alexei levou as duas mãos ao rosto, visivelmente sufocado, e sentou-se na cama. 

— Eu te amo, não duvide disso. Estamos juntos há três anos, mas eu preciso fazer isso por ela. Minha mãe tem leucemia e não há bons médicos em nosso país. Apenas espere por mim. Vou terminar meus estudos, manteremos contato, sempre estaremos juntos — prometeu. 

Neguei horrorizada. Eu não queria isso, não desejava isso. O que eu tinha feito de errado? 

—Com certeza sua mãe não está doente. Talvez eles descobriram sobre nós e querem te afastar de mim. Assim que você tiver o passaporte... 

— Anashia, que bobagem você está dizendo? Meu pai não mentiria para mim e minha mãe também não faria algo assim. Além disso, eles não sabem nada sobre nós. Pare de dizer essas bobagens. Meus documentos estão em ordem há anos. 

—Então você não me ama? — perguntei, com o coração apertado. 

Ele negou com a cabeça enquanto se aproximava, envolvendo meu braço em um abraço reconfortante. Beijou minha bochecha e pude ver a tristeza refletida em seus olhos vidrados. Nunca duvidei do amor dele; seu olhar sempre me lembrava o quanto ele me amava. No entanto, as circunstâncias pareciam conspirar contra nós de uma forma tão injusta. Chorei em seus braços, sem saber o que dizer ou fazer. 

—Prometo que voltarei. Nunca perderemos contato. Você tem meu celular, eu te dei de presente. Assim que chegar a Los Angeles, a primeira coisa que farei será te passar meu novo contato. Eu te amo, pequena. Você é minha lua, a mulher que desejo como esposa — murmurou com sinceridade. 

Eu concordei, confiando em suas palavras. Alexei colocou as mãos no meu rosto, limpando minhas lágrimas que caíam sem parar. Lágrimas também começaram a brotar de seus olhos tristes. Ele me tomou em seus braços e me deitou suavemente na cama, entregando-se a mim como sempre fazia. 

—Quando você vai embora, Xei? — perguntei, precisando saber. 

— Amanhã à noite, pequena — respondeu ele, cobrindo o rosto com as mãos. 

Não disse nada, apenas o abracei com força, consciente de que esta noite seria a última em que sentiria seu calor. 

Estou sentada no parque, esperando o telefonema do meu namorado. Queria vê-lo antes de sairmos do hotel, mas já se passaram mais de duas horas e ele ainda não apareceu. Verifico meu celular várias vezes, sem mensagens nem chamadas. Já são mais de três da tarde e a impaciência me consome. Que sensação avassaladora é essa? 

Decido ligar para ele, mas a maldita operadora me encaminha para a caixa postal. Ligo várias vezes, mas não há resposta. Meu coração b**e rápido, como se algo ruim estivesse prestes a acontecer. Estou ansiosa, desesperada e, acima de tudo, triste.

Corro para a casa de Alexei, sem me importar se seus pais me veem. Chego e vejo vários seguranças. Não há sinal dele nem de seus pais. 

—Senhorita, em que posso ajudar? —pergunta um dos seguranças. 

— Onde está Alexei? — pergunto, sabendo que não há mais nenhum sinal dele. 

— O jovem saiu esta manhã com os pais. E você é...? 

As lágrimas ameaçam cair dos meus olhos. 

— Só uma amiga. Sabe quando eles vão voltar? 

— Não, senhorita. Não posso lhe dar mais informações. Tenha uma boa tarde. 

Aceno com a cabeça e vou embora rapidamente. Quando estou longe da casa, começo a chorar como uma criança. Caminho rapidamente para casa, com os olhos embaçados pelas lágrimas. Ao chegar, minha mãe me olha sem entender. Sem querer falar, entro no meu quarto, tranco a porta e ligo para ele várias vezes, mas não há resposta. Olho para nossas fotos e mal consigo sussurrar. 

—Alexei, você é um maldito mentiroso. 

Oito anos depois. 

Passaram-se oito anos cheios de ódio e amor por sua mentira, por cada promessa falsa. Lembro-me que naquele dia eu queria me despedir e ele já não estava mais lá. Ele me enganou dizendo que iria embora à noite, mas tudo era mentira; a viagem foi pela manhã. Ele acabou sendo um mentiroso completo, e nunca mais soube nada de Alexei nem de sua família. 

Suspiro e tento afastar esses pensamentos. Limpo minhas lágrimas, mas elas voltam a cair. Não consigo esquecê-lo e espero que ele esteja bem ou que volte como prometeu. 

Mas sou uma tola iludida. 

—Meu Deus, por que continuo pensando nele? Ele nem me ligou. 

— Anashia, você está falando sozinha de novo? — pergunta minha mãe, entrando no meu quarto. — O que foi? 

Nego e limpo as lágrimas para que ela não perceba. 

—Mãe, você sabe que estou à beira da loucura por causa desse trabalho. 

—Então vá descansar. Você sempre acorda cedo e vai dormir tarde. Vai ficar doente de novo, e eu não quero ver você no hospital — ela diz, preocupada. 

Nego com a cabeça, sem querer voltar ao hospital. Não quero pensar em mais nada, nem sofrer como naqueles anos. 

—Não se preocupe, mamãe. Deixe-me sozinha, já vou dormir. 

Mamãe sorri para mim e deixa uma xícara de chá de camomila na mesinha. 

—Tome isso antes de dormir. Vai fazer bem — diz-me com carinho antes de sair do quarto. 

Sinto-me culpada por um momento. Mamãe sempre se preocupa comigo. 

—Eu te amo, mamãe. Você é única — digo antes que ela saia do quarto. Ela me beija na testa e vai embora. Respirando fundo por todo o trabalho, me preparo para dormir. 

Depois de horas sentada na minha secretária, olho para o relógio na parede. É mais de 1 da manhã. Escovo os dentes e deito-me na cama, deixando-me levar por Morfeu para o mundo dos sonhos.

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