A claridade da manhã filtrava-se pelas cortinas brancas, suavemente ondulando com a brisa do ar-condicionado. Ashley abriu os olhos lentamente, sentindo um leve peso no corpo — não de dor, mas de cansaço. Seu braço ainda estava com o acesso venoso, e o zumbido de um monitor cardíaco marcava seu compasso de vida.
Ela olhou em volta, os olhos levemente enevoados pela medicação. Viu Philipe ao lado da cama, sorrindo ao notar que ela despertava.
— Ei... — ele disse com a voz baixa, pegando com delicadeza a mão dela. — Está me ouvindo?
Ashley assentiu, tentando falar, mas a garganta seca não permitiu. Ele rapidamente pegou um copo com canudo e a ajudou a beber alguns goles de água.
— Onde estão os meus avós? — ela perguntou depois de um tempo, a voz rouca. — Eles não estavam aqui?
Philipe sorriu.
— Estavam. Eles ficaram o tempo todo esperando você acordar. Só saíram agora há pouco para ver o Ben, nosso pequeno, que está lá n