A avó de Ashley preparou um chazinho de camomila, como fazia desde que ela era criança.
— Você precisa dormir tranquila hoje, minha flor. Amanhã será um dia especial — disse, depositando a xícara na frente dela.Ashley sorriu com gratidão. A presença dos avós era seu porto seguro.— Vovó… — começou, com os olhos marejando novamente — e se ele não se lembrar de mim? E se olhar nos meus olhos e continuar me vendo como uma estranha?O avô se aproximou, sentando-se ao lado dela. Pousou a mão sobre a dela, firme, mas cheia de ternura.— Um coração que ama de verdade nunca esquece. Às vezes, a mente se perde... mas a alma não.Paul, escorado na parede próxima, assistia à cena em silêncio. Havia algo naquela casa, naquela família, que mexia com ele. Uma pureza, uma verdade… um amor que não se via todo dia.— Você já tem a parte mais difícil, Ashley — ele disse com um meio sorriso. — Você o ama. E isso transborda em você. Quando