Elise entrou na sala cambaleando, o rosto pálido, os olhos arregalados de medo. Tinha o nariz sangrando, um corte aberto na testa e marcas roxas nos braços. Quando viu o avô, correu para os braços dele, soluçando desesperadamente.
— Vovô... me ajuda, por favor... ele me bateu de novo...
— Meu Deus do céu! — exclamou a avó, já se levantando. — Elise! O que aconteceu?
— O Bob... ele chegou em casa bêbado... — a voz dela saiu engasgada — ele não gostou do jantar... e... e ele me espancou. Eu não aguentei mais. Peguei o que deu tempo e fugi. Vim direto pra cá.
Paul se levantou num pulo, os punhos cerrados. Ashley se aproximou da prima, envolvendo-a com cuidado nos braços.
— Você tá toda ferida, Elise. A gente tem que te levar pro hospital agora.
— Não! — gritou ela, ofegante. — Aqui, todo mundo protege ele. Ele é filho do prefeito, Paul. Eles vão acobertar tudo. Não vai dar em nada. Eu só vou sair pior.
O avô dela