LAURA
— Assume logo que foi você, Laura!
Olhei entediada para a diretora.
— Já disse que não fui eu!
— Você tem motivos sólidos para ter feito isso, elas agrediram você.
— Eu e várias outras detentas, diretora. Já foi atrás de todas elas?
Alguém bateu na porta.
— Pode entrar!
— Com licença, diretora. - um guarda entrou - Preciso falar um minuto com a senhora.
— Precisa ser agora?
— É importante.
Ela se levantou e saiu da sala.
Eu só precisava negar, eles não tinham provas contra mim.
— Ah, tenho uma novidade! - entrou novamente na sala.
Fiquei calada e esperei que falasse.
— Você vai ser solta.
Olhei sem acreditar.
— Vou?
— Sim, seu advogado te explicará direito. - se sentou - Tem sorte, Laura.
— Quando vou sair?
— Amanhã... Agora pode ir.
Não esperei mais nada para sair daquela sala.
(…)
— Fiquei sabendo que a madame vai sair, não tem nem um mês aqui. - Antônia se sentou do meu lado.
— Pois é, todo dinheiro que tenho precisava servir para algo.
— Não esqueça das amigas...
— Não vou e