ALEXIA DINIZ
A noite se arrastou em um limbo de dor e incerteza. Dormir era impossível. Matteo me abraçou durante toda a madrugada, tentando me passar a segurança que eu não conseguia sentir. Seus beijos em meus cabelos, em minha testa, eram um bálsamo temporário para a ferida aberta. Mas a cada carinho, a cada promessa, a sombra da outra mulher, da criança que nasceria, pairava sobre nós.
O sol começou a nascer, mas a luz não trouxe clareza para a minha mente. Eu me sentia exausta, drenada de todas as emoções. A exaustão era tanta que meus olhos ardiam, mas o sono não vinha.
Matteo, notando meu estado, me apertou mais uma vez.
— Vamos conseguir, Alexia, eu prometo. Primeiro, vamos confirmar a verdade, precisamos ter a certeza da paternidade. — Seu plano parecia um farol em meio à escuridão, mas a cada ponto, um novo questionamento surgia. Como ele lidaria com a criança, caso fosse sua? E como eu lidaria com essa criança?
Matteo tentou me convencer a ficar em casa, mas eu preci