ALEXIA DINIZ
A luz do sol invadiu o quarto, impiedosa, anunciando um novo dia. Meus olhos estavam pesados, inchados pela noite mal dormida. O relógio marcava quase 10 da manhã e Matteo não tinha dormido no quarto, seu lado da cama estava intacto. Saí da cama, sentindo um peso nos ombros, não apenas o cansaço físico, mas o peso da minha própria confusão.
Fiz minha higiene matinal, observando meu reflexo no espelho. Havia olheiras profundas, e meus olhos pareciam mais apagados que o normal. Suspirei. Eu precisava de clareza, precisava entender o que estava acontecendo dentro de mim.
Desci as escadas, o cheiro de café fresco invadindo minhas narinas. A sala estava vazia, mas a cozinha revelou Matteo e Bento, sentados à mesa, tomando café. O ambiente era tranquilo, contrastando com o caos da minha mente.
— Bom dia — falei, tentando soar casual, mas minha voz saiu um pouco rouca.
— Bom dia, dorminhoca! — disse Bento, com um sorriso divertido. — A festa estava boa mesmo, hein?
Matteo