ALEXIA DINIZ
Eu a encarei, sentindo-me enojada pela sua frieza.
— Eu fiz isso e não me arrependo. Faria tudo de novo se fosse preciso. — A voz dela era fria e firme, sem qualquer sombra de hesitação ou remorso. Seus olhos, gélidos, me fitaram com uma determinação assustadora. — Ele não era homem para você, imagine só, minha filha grávida de um qualquer. Uma mancha na nossa família. Eu jamais permitiria essa união. Nunca!
— Eu perdi meu filho e o homem que eu amava por sua culpa! — As lágrimas finalmente transbordaram, escorrendo pela minha face em fúria, uma torrente de dor e indignação. Minhas mãos se fecharam em punho.
— Eu não tive culpa da morte do meu neto. Você que agiu como uma louca, pilotando aquela moto no meio de uma tempestade. Você foi imprudente! — Ela desviou o olhar por um instante, um breve piscar de culpa que desapareceu tão rápido quanto surgiu, mas sua voz permanecia firme, irredutível, sempre encontrando uma maneira de desviar a culpa.
— Se você tivesse